segunda-feira, 9 de agosto de 2010

todos tem seu dia de poeta maldito e seu dia de poeta romântico, embora a poesia ñ seja o meu forte eu tenho experimentado alguns versos ultimamente, não que sejam grande coisa, são versos brancos e não metrificados, mas escrever em versos já é um grande passo...

Destroços de mim
.
na lingua o gosto amargo
das decepções mal digeridas
todo o peso da humanidade num escarro
as pupilas dilatadas no eterno grito
de horror em face do espelho
me destroço na repulsa por minha própria carne
me dilacero a boca e a orelha numa só ferida
na procura de ar rasgo a garganta
e nesse picotado que resta de mim
as varejeiras depositam suas larvas
em cada ferida úmida a feder de pus
e me comem por dentro,
e me digerem aos poucos
sem pudor o mundo me come
e eu assisto amarrado ao chão.



DESEJO

queria te encontrar nessas linhas
queria que você habitasse
um universo assim, ao alcance
da minha mão
queria ouvir você suspirar
queria ouvir você cantar
queria essa sua voz
a sussurar no meu ouvido
palavras indizíveis.
queria você junto
grudada à minha carne
sua pele suada
de encontro à minha
seu cheiro a embriagar
meus sentidos...
Queria perder os sentidos!
queria você inteira
queria você nua
queria você minha
só minha.
queria você.

(piegas ñ? hahahaha)

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